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Mudança de natureza e controle emocional: ChessBoxing

11/30/2017

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Existem ideias simplesmente malucas, mas também existem ideias malucamente brilhantes. Hoje, queremos dividir com vocês a ideia do artista holandês Iepe Rubingh para que você julgue se é uma loucura ou uma sacada brilhante!
 
Como o título indica, existe uma relação entre xadrez e boxe: ambos esportes exigem comportamentos e funções cerebrais praticamente opostas. Iepe Rubingh, então, pensou que seria boa ideia combiná-los em um só esporte e literalmente testar os limites da capacidade humana!
 
A ideia nasceu dos quadrinhos de ficção científica de 1992, criado por Enki Bilal e Froid Equator, em que se combinam os dois esportes mais demandantes de um bom nível físico e cognitivo com a intenção de criar o desafio definitivo para o ser humano.
 
O esporte combina rodadas de 3 minutos de xadrez e boxe alternados até um total de 11 rodadas (6 de xadrez e 5 de boxe). Não entrarei em detalhes sobre as regras e a pratica do esporte, porém deixo o vídeo no final para sua diversão. 
 
Na Organiza! Como amantes do cérebro e tudo o que tem a ver com ele, ficamos super curiosos das capacidades necessárias para praticar esse dificílimo e contraditório esporte no qual é necessário mudar radicalmente o foco das funções executivas. Para nossa alegria, a psicoterapeuta cognitivo-comportamental Andrea Kuszewski tinha as mesmas dúvidas e escreveu a respeito para o blog cientifico: Scientific American. 
 
No artigo, Kuszewski argumenta que a troca entre as funções de alto ritmo físico e agressividade e as de pausa, tomada de decisão e de pensamento planejador poderia ter um impacto positivo no controle da agressão e de comportamentos socialmente não adaptativos. Além disso, a autora alega que a rápida troca entre as modalidades (apenas 1 minuto) tem efeitos positivos no treinamento da regulação emocional.
 
Portanto, Kuszewski diz que o segredo do esporte está na capacidade de trocar rapidamente de tarefa. Por exemplo sair de uma atividade física e emocionalmente demandante, como é boxe, no qual o pulso e a adrenalina se disparam junto com os comportamentos animais de sobrevivência. Nesse caso, torna-se muito relevante ter a capacidade de controlar com facilidade as emoções a fim de não gastar a energia na estabilização emocional, mas sim nas funções cognitivas-executivas necessárias para ter uma performance adequada no xadrez, conforme exemplo inicial.  
 
A exposição a essa dicotomia tem potencial de treinar as pessoas para reagirem de maneira mais controlada e fazendo maior uso da cognição em situações emocionalmente desafiantes. Muitas técnicas de mudança de comportamento se baseiam em imaginar situações e simular a resposta adequada para lidar com elas, assim como a supressão da emoção ou a reavaliação da mesma. Essas técnicas trazem benefícios, porém, é comprovado que quando o indivíduo possui previamente o repertorio cognitivo para lidar com a situação estressante os resultados são ainda mais positivos.
 
Então, é uma ideia brilhante ou uma loucura? Se gostou deixa uma curtida e comenta se ficou curioso ou já experimentou uma atividade parecida.

Video: https://www.youtube.com/watch?v=kK5TQSKmS3o
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Até a próxima!
 
Marcos Coronado
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