Mirroring (que vamos chamar aqui de espelhamento) é um daqueles fenômenos da psicologia que, quando eu explico para as outras pessoas, elas ficam “o queeeê? Tá brincando, né?”
Definindo rapidamente: espelhamento é quando duas ou mais pessoas têm uma linguagem corporal parecida.
Uma imagem fala mais que mil palavras.
Pode-se espelhar desde a postura em geral até aspectos bem específicos, como gestos e o jeito de falar. Isso acontece de forma automática e inconsciente, então pode acreditar que quando você for contar pros seus amigos sobre esse post muito informativo da Organiza! e todo mundo achar super legal, um espelhamento vai naturalmente rolar.
Bacana, mas… isso tem alguma utilidade prática além de ficar espiando as pessoas conversando na rua?
Como tudo que a gente te conta aqui na Organiza!, é claro que sim. ;)
Bacana, mas… isso tem alguma utilidade prática além de ficar espiando as pessoas conversando na rua?
Como tudo que a gente te conta aqui na Organiza!, é claro que sim. ;)
1. Engenharia Reversa
Técnicas como o relaxamento progressivo funcionam porque o nosso corpo e nossa biologia também afetam a nossa psiquê. Da mesma forma, se você conscientemente espelhar um pouco do comportamento de outra pessoa, fica mais fácil de se darem bem. É como dizer direto pro cérebro da pessoa “oi, eu quero ser seu amigo”.
Alguns profissionais não recomendam esse método por dois motivos. O primeiro é que ativamente buscar o espelhamento pode causar exaustão cognitiva, tipo quando fazemos uma prova como o ENEM. Não tem atividade física envolvida, mas ainda ficamos exaustos no final. Essa exaustão pode causar stress e tira nossa atenção da conversa principal. Imagina só que mensagem a gente passaria pra alguém, né? No mínimo, que estamos distraídos e no pior dos casos, que não estamos interessados. O segundo é um argumento ético que “não estaríamos sendo nós mesmos”.
Sobre o primeiro argumento, é importante ressaltar que esse tipo de espelhamento ativo é uma habilidade como qualquer outra. Ou seja, ela precisa de prática. É natural que no começo seja difícil e cansativo, mas depois fica naturalmente mais fácil e até automático. Sobre o segundo, é importante que cada um saiba até que ponto se sente confortável espelhando. Se alguma postura, gesto ou trejeito não é algo confortável ou comum no seu repertório de comportamentos e que você não tem desejo de acrescentar, não o faça. Afinal, você provavelmente deixaria transparecer que algo não está bem e voltaríamos ao problema do stress, não é?
Alguns profissionais não recomendam esse método por dois motivos. O primeiro é que ativamente buscar o espelhamento pode causar exaustão cognitiva, tipo quando fazemos uma prova como o ENEM. Não tem atividade física envolvida, mas ainda ficamos exaustos no final. Essa exaustão pode causar stress e tira nossa atenção da conversa principal. Imagina só que mensagem a gente passaria pra alguém, né? No mínimo, que estamos distraídos e no pior dos casos, que não estamos interessados. O segundo é um argumento ético que “não estaríamos sendo nós mesmos”.
Sobre o primeiro argumento, é importante ressaltar que esse tipo de espelhamento ativo é uma habilidade como qualquer outra. Ou seja, ela precisa de prática. É natural que no começo seja difícil e cansativo, mas depois fica naturalmente mais fácil e até automático. Sobre o segundo, é importante que cada um saiba até que ponto se sente confortável espelhando. Se alguma postura, gesto ou trejeito não é algo confortável ou comum no seu repertório de comportamentos e que você não tem desejo de acrescentar, não o faça. Afinal, você provavelmente deixaria transparecer que algo não está bem e voltaríamos ao problema do stress, não é?
2. Bússola
Como te contei antes, o espelhamento acontece naturalmente, então você certamente já espelha e é espelhado no dia a dia. Estar ciente disso te possibilita ter uma noção geral de quanta afinidade e empatia você e o outro tem no momento.
Psicólogos mais experientes gostam mais dessa opção, ajustando conscientemente a sua postura e gestos apenas quando é muito importante. Jeff Thompson, em um post para a Psychology Today (em inglês, sorry), recomenda que a gente foque a nossa atenção na escuta ativa e deixe o espelhamento acontecer sozinho como resultado dela.
E aí. Consegui te motivar para prestar mais atenção na linguagem corporal no seu dia a dia? Deu até vontade de praticar espelhar o comportamento da galera? Experimenta e nos conta como foi. Adoramos ler seus comentários. :)
Psicólogos mais experientes gostam mais dessa opção, ajustando conscientemente a sua postura e gestos apenas quando é muito importante. Jeff Thompson, em um post para a Psychology Today (em inglês, sorry), recomenda que a gente foque a nossa atenção na escuta ativa e deixe o espelhamento acontecer sozinho como resultado dela.
E aí. Consegui te motivar para prestar mais atenção na linguagem corporal no seu dia a dia? Deu até vontade de praticar espelhar o comportamento da galera? Experimenta e nos conta como foi. Adoramos ler seus comentários. :)
Por Daniel Dal Corso